terça-feira, 16 de novembro de 2010

Cientistas vão buscar outras dimensões em 2011

Experiências no LHC poderão comprovar se e a misteriosa partícula chamada bóson de Higgs realmente existe.


Cientistas que operam a máquina do Big Bang dizem que suas experiências estão transcorrendo além das expectativas e prevêem obter no ano que vem provas da existência de outras dimensões além daquelas às quais estamos acostumados.

Analisando os resultados de quase oito meses de experiências no Grande Colisor de Hádrons (LHC, na sigla em inglês), que é a maior máquina do mundo, os pesquisadores do CERN (Organização Européia para a Pesquisa Nuclear) disseram também que poderão determinar até o final de 2011 se a misteriosa partícula chamada bóson de Higgs realmente existe ou não. Essa partícula nunca foi localizada, mas acredita-se que ela forneça a "cola" que dá massa à matéria.

Guido Tonelli, porta-voz de uma das equipes ligadas ao LHC, disse que a investigação sobre as dimensões adicionais - além da altura, largura, comprimento e tempo - se tornará mais fácil conforme aumentar a energia resultante das colisões de prótons dentro do túnel circular de 27km sob a fronteira franco-suíça.

Outros físicos do CERN dizem que o êxito até agora sugere que alguns grandes enigmas do universo podem ser ao menos parcialmente resolvidos antes do que se previa. "Um ano atrás, seria impossível para nós adivinhar que a máquina e as experiências resultariam em tanta coisa tão rapidamente", disse Fabiola Gionotti, porta-voz de outra equipe, em relatório divulgado no site do instituto. "Estamos produzindo novos resultados o tempo todo."

O LHC, cuja construção custou 10 bilhões de dólares, envolve cientistas e centros de pesquisas de 34 países, entrando em operação plena em 31 de março. Dentro do túnel, prótons são submetidos a colisões a velocidades próximas à da luz, com crescente energia, simulando assim o Big Bang, explosão primordial que deu origem ao universo 13,7 bilhões de anos atrás.
No começo deste mês, os cientistas começaram a usar íons de chumbo nas colisões, criando temperaturas 1 milhão de vezes superiores à do núcleo solar. As colisões de íons, criando um amálgama apelidado de plasma de quark-gluon, oferecem aos pesquisadores uma outra maneira de observarem o que aconteceu no primeiro nanossegundo após o Big Bang, e a primeira matéria gerada após aquela violenta explosão.

Em 06 de dezembro de 2010, o LHC será fechado para manutenção e para evitar que, no auge do inverno, a máquina "sugue" a energia a ser distribuída pelas redes elétricas da Franca e Suíça. A máquina será religada em fevereiro, e funcionará novamente a plena potência, com prótons, até o final do ano, quando voltará a parar até 2013, enquanto os engenheiros preparam o LHC para funcionar com o dobro de energia a partir do final da década.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Planetas próximos - VÊNUS

O que sabemos até hoje ? 

 

Vênus

 

Características


Vênus é o segundo planeta mais próximo do Sol (108 milhões de quilômetros), situado entre Mercúrio e Terra. Visto da Terra, é o astro mais luminoso, depois do Sol e da Lua. É a primeira "estrela" a brilhar ao anoitecer, e é chamada popularmente de Estrela Vésper, Estrela Vespertina, Estrela Matutina, Estrela d'Alva ou Estrela do Pastor.

Em tamanho, assemelha-se à Terra, com 12 300 quilômetros de diâmetro. Alguns astrônomos acreditam que, apesar da atmosfera rarefeita, poderia conter formas de vida. Ele gira em torno de si em 117 dias terrestres, mas em sentido inverso ao dos outros planetas. O movimento de translação, a 35 km/s, leva 225 dias.



Nuvens


Vênus.


Vênus está circundado por permanentes nuvens de gás carbono (96,5%), gás que retém boa parte do calor solar, e nitrogênio (3,5%). Lembra bastante uma estufa cheia de vapor, tendo a temperatura muito superior à da Terra. Essas nuvens de gás carbônico se estendem entre 50 e 70km de altitude e se subdividem em três camadas. A camada superior é constituída principalmente por gotículas de ácido sulfúrico em solução aquosa. Nas camadas inferiores, essas gotículas produzem precipitações de ácido sulfúrico que se evaporam bem antes de atingir a superfície, formando uma região de bruma sulfúrica por debaixo das nuvens.

Sua alta temperatura é explicada por causa do efeito estufa, devido à elevada concentração de gás carbônico.

 

Superfície


Aproximadamente 70% da superfície é constituída por planícies, 8% por regiões montanhosas e planaltos elevados e 22% por depressões. Os cumes mais altos chegam a 11000 metros (montes Maxwell). Há diversas crateras resultantes do impacto de asteróides, todas com mais de 3 km de diâmetro. Sua estrutura interna é semelhante ao da Terra, mas a crosta é constituída por um bloco único.
Com tantos lançamentos espaciais, mostrou que a superfície de Vênus é sólida e rochosa (cinzenta e de vários tamanhos). Assemelha-se ao granito terrestre na composição de elementos radioativos, pois contém 0,0002% de urânio, 4% de potássio e 0,00065% de tório. As temperaturas máximas registradas foram de 270º C a 475º C. A pressão atmosférica é bastante alta (90 a 140 atm). A possibilidade de vida ainda é um enigma. Há quem defenda a existência de bactérias, iguais às observadas na Terra a temperaturas de 130º C.

 

Sondas espaciais enviadas


O primeiro satélite a ser lançado em direção à Vênus foi o Pioneer V, que partiu de Cabo Kennedy em 11 de março de 1960. O satélite seguiu o rumo previsto, mas seus instrumentos deixaram de transmitir após algumas semanas de vôo. O mesmo aconteceu com a sonda soviética Vênus I, lançada em 1962. O Mariner I, norte americano, explodiu na hora do lançamento.
Finalmente, em 27 de Agosto de 1962, foi lançado o Mariner II, primeira sonda terrestre a cobrir os 42 milhões de km, aproximadamente, que separam a Terra de Vênus. As medições revelaram um imenso forno: a temperatura de Vênus seria superior à capacidade máxima de medição dos instrumentos (250ºC), mas isso não foi visto com certeza, sendo que as partículas elétricas do planeta procedentes do Sol superexcitaram os gases atmosféricos do planeta e "enganaram" a sonda, que teria detectado uma temperatura mais elevada que a real.
Em Novembro de 1965, os soviéticos lançaram três naves espaciais. Uma delas fracassou. Outra, a Vênus 2, parou de enviar informações poucos dias antes de passar pelo planeta. A Vênus 3 desintegrou-se nas altas camadas da atmosfera de Vênus. Mas os Russos não desistiram... Em 1967 lançaram a Vênus 4 e, após 4 meses, confirmou as descobertas feitas pelo Mariner II.
Depois, a Vênus 5, 6, 7e 8 também foram à Vênus. Em Fevereiro de 1974, os norte-americanos lançaram a Mariner X, que bateu 3400 fotos tiradas de quase 6000 km de distância.
Desde 1990, a sonda norte-americana Magalhães está em órbita no planeta, enviando à Terra, imagens de radar. No final de 1991, mais de 70% da superfície do planeta já havia sido mapeados.

 

Superfície de Vênus

 

Superfície de Vênus.

Características físicas de Vênus

  • Diâmetro equatorial - 12104 km (0,949 vezes o da Terra)
  • Diâmetro polar - 12104 km
  • Achatamento - 0,00
  • Massa em relação à da Terra - 0,815
  • Densidade média - 5,25
  • Período de rotação sideral - 243,01 dias (retrógrado)
  • Inclinação do equador sobre a órbita - 2º
  • Albedo - 0,7

Características orbitais

  • Raio da órbita - 108 200 000 km, i.é., 0,7233 UA
  • Distância máxima do Sol - 109 000 000 km
  • Distância mínima do Sol - 107 400 000 km
  • Excentricidade - 0,007
  • Inclinação em relação eclíptica - 3º23'
  • Período de revolução sideral - 224,701 dias
  • Velocidade orbital média - 35,03 km/s